A epilepsia constitui-se numa alteração temporária do cérebro, em que um grupo de células cerebrais comporta-se de maneira anormal, hiperexcitável, emitindo sinais elétricos de maneira desorganizada. Essa alteração é traduzida por manifestações no corpo que são chamadas de crises epilépticas.
A epilepsia é subdividida em dois grandes grupos:
-Epilepsia parciais: quando a alteração inicia-se em apenas uma região do cérebro
-Epilepsia generalizada: as alterações iniciam-se em ambos os hemisférios cerebrais
O diagnóstico de epilepsia requer recorrência espontânea das crises com intervalo de no mínimo 24 horas entre elas. Portanto, crises únicas, diversas crises epilépticas em um período inferior a 24 horas, ou ainda crises provocadas por alguma condição específica (ex:infecção, sódio baixo, AVC, etc) não são suficientes para o diagnóstico de epilepsia.
Na grande maioria das vezes as crises epilépticas têm rápida duração, segundos a minutos, podendo acompanhar-se de confusão mental ou sonolência após. Entretanto, se essa condição perdura por mais de cinco minutos ou recorre num mesmo dia, podemos estar diante de um estado do mal epilético, uma emergência neurológica a qual requer atendimento médico imediato.
Apesar de as manifestações clínicas mais conhecidas compreenderem as chamadas crises epilépticas tônico-crônicas, caracterizadas por primeiro perda de consciência, rigidez muscular, seguida de tremor e contração das extremidades; existem diversas outras manifestações clínicas mais sutis como:
-medo repentino, um desconforto no estômago, enjôo
-“desligamento”, paciente perde o contato com o meio ambiente
-tremor de um membro ou desvio da boca
-formigamento/perda de sensibilidade de um lado do corpo
-sustos/choques rápidos
Existem causas diversas para as epilepsias, dentre elas, causas genéticas, pequenas lesões encefálicas sem causas definidas, lesões adquiridas ao longo da vida (decorrente de falta de oxigênio no parto, AVC, traumatismo craniano, tumores, etc).
Alguns fatores predisponentes para crises devem ser evitados, como privação de sono, estresse, uso de bebidas alcoólicas, dentre outros.
O tratamento varia de acordo com a causa, podendo incluir procedimentos cirúrgicos, comportamentais e até dieta, mas compreendem, de modo geral, tratamento farmacológico. Existem diversas drogas que podem ser usadas individualmente ou combinadas, devendo ser escolhida mediante julgamento médico, considerando o tipo de epilepsia e eventuais efeitos adversos das drogas.
Esse texto tem o objetivo trazer informação de qualidade e de fácil compreensão para o público leigo, não tem cunho científico e não se trata de recomendação terapêutica. A melhor forma de tirar suas dúvidas é conversando com seu médico.